Love is in the web.
O modelo, inovador no Brasil, foi instaurado em março de 2013, pela equipe de mídias sociais da administração municipal. Desde então, já são mais de 127 mil fãs no Facebook e 23 mil seguidores no Twitter.
Em comparação a outras capitais, Curitiba supera até mesmo o Rio de Janeiro, que tem o triplo da população, mas apenas 104 mil fãs. Já São Paulo nem mesmo possui página oficial centralizada no Facebook.
Mas, peraí, como assim Curitiba, de uma hora pra outra, começa a ter mais fãs e ainda ficar mais divertida do que o Rio de Janeiro? A Prefeitura Carioca, que já gosta de uma bagunça, resolveu responder.
E a resposta veio na forma de um pedido.
Curitiba fez doce. Respondeu: "Precisamos nos conhecer melhor".
O Rio insistiu, fez campanha e o movimento #AceitaCuritiba bombou.
Pronto. Foi um verdadeiro reboliço nas redes sociais. E não só por parte dos "amigos" do "casal". As outras prefeituras, do Brasil inteiro, entraram na festa por um pedacinho desse buzz.
A Prefeitura de Palmas, no Tocantins, se candidata a ser madrinha do casal e ainda oferece uma viagem. Cuiabá assume a responsabilidade pelo buffet da festa.
Segundo Marcos Giovanella, diretor de internet e mídias sociais da Prefeitura Municipal de Curitiba, o que há de mais legal nisso é a predisposição de outras administrações para conversar e mostrar o que estão fazendo em determinadas áreas, como o meio ambiente por exemplo.
"Não foi nada combinado, sempre recebemos pedidos de casamento na página e o pessoal do Rio foi muito inteligente em usar esse tema. Acho que os cidadãos ganham muito com isso, conhecendo mais os serviços prestados pelos seus órgãos públicos", esclarece.
Por enquanto, a história está assim. Mas ainda deve vir muito mais por aí.
Tudo isso comprova as dicas de Pablo Tajer, Creative Strategist do Facebook, que ensinam as empresas e instituições a serem mais criativas na rede social de Mark Zuckerberg. O primeiro dos seis ensinamentos de Pablo (
vale a pena conhecer todos) é: tente parecer uma pessoa, não uma empresa.
Mas o mais legal é ver que, em plena ditadura da chatice e do politicamente correto, ainda tem muita gente que se diverte trabalhando e que trabalha se divertindo. E faz disso um verdadeiro fenômeno que movimenta o país inteiro. O mais bizarro é isso vir logo da comunicação de administrações públicas que, teoricamente, deveriam ser as instituições mais caretas da galáxia.
É, amiguinhos, existem razões para acreditar.