No último dia 28 de dezembro, Lemmy Kilmister, fundador, vocalista e baixista da seminal banda de heavy metal Motörhead, morreu aos 70 anos.
Esta semana, todos os livros de química do mundo ficaram desatualizados, graças à
descoberta de quatro novos elementos, oficialmente incluídos na tabela periódica.
O que uma coisa tem a ver com a outra?
Em princípio, nada. Mas se eu te contar que esses novos elementos são metais pesados, automaticamente uma bateria imaginária irá fazer um "tu dum tsss" na sua cabeça.
Bateria imaginária para alguns. Lâmpada acesa para outros. E foi assim que, juntando os dois acontecimentos, um grupo de fãs lançou um abaixo-assinado na internet com o objetivo de fazer com que o nome de um dos novos elementos seja uma homenagem ao líder da banda. No caso, "Lemmium" (ou "Lemmio", em português).
A tarefa é difícil. Pois, via de regra, novos elementos descobertos costumam ser batizados com um nomes mitológico,
de um mineral, um lugar ou país, uma propriedade ou inclusive de um cientista.
Difícil. Mas longe de ser impossível. Pois não é de hoje que a ciência flerta com a cultura pop. Em 2013,
uma das crateras de Mercúrio recebeu o nome de "John Lennon". Neste exato momento,
sons espaciais capturados pelo ALMA - o maior parque de telescópicos do mundo, no deserto de Atacama, no Chile - estão funcionando como samples para as produções musicais de DJs
do mundo inteiro.
E o que isso tem a ver com o nosso trabalho?
Tudo.
Engajamento de fãs. Co-criação. Público produtor de conteúdo. Tendência de cultura pop... Pode escolher o seu tópico ou nome cool favorito. Para mim, é simples: tudo o que tem a ver com indústria criativa e entretenimento tem a maior química com o nosso negócio. Tu dum tsss.